segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mulheres aderem às lutas para competir e ter boa saúde


Mesmo com fama de esporte violento e consagrar brasileiros entre os principais lutadores do mundo, o Mixed Martial Arts (MMA) - Artes Marciais Mistas, antigo vale-tudo -, desperta o interesse feminino. Em Manaus, pelo menos três academias oferecem aulas da modalidade e a procura tem aumentado. Trinta mulheres praticam diversas modalidades de lutas na capital e algumas já competem em cards estaduais.
Conforme o vice-presidente da Federação de Jiu-jítsu do Amazonas (Fjjam), Orley Lobato, a maioria das praticantes do MMA migrou do jiu-jítsu. “O jiu-jítsu é a base. Atualmente, duas alunas (da academia Orley Lobato) já disputam torneios regionais”, comentou.


A quantidade de competidoras deve aumentar em breve. A babá Nanda Rufino, de 23 anos, começou a praticar lutas há duas semanas na academia Nova União, no Alvorada, zona centro-oeste de Manaus, e já planeja sobreviver exclusivamente do esporte. 
“Sempre quis praticar lutas e já percebi os benefícios do esporte para a saúde. A disposição é outra e dá até vontade de acordar cedo. Tenho perspectivas de aperfeiçoar a técnica e lutar em competições”, afirmou, ao revelar admiração pelo lutador brasileiro Vitor Belfort.


A estudante do Ensino Médio, Anne Karolayn, também pretende seguir carreira.
“Já achava interessante (o MMA), mas quando vi outras garotas praticando na academia decidi treinar também. Gosto de assistir às lutas do José Aldo (amazonense, campeão do UFC na categoria peso-pena) e também quero ser lutadora”, declarou.


Influenciada pela mídia e para fugir das tradicionais aulas de musculação e ginástica, a acadêmica de fisioterapia Luciane Ferreira, de 35 anos, não almeja lutar profissionalmente, mas admira as artes marciais. 
“Optei pelo MMA para manter o condicionamento físico. A dinâmica e a mídia também influenciaram na decisão, assim como a monotonia das aulas convencionais das academias”, disse.


O casamento também foi o ponto de partida para a dona de casa Alessandra Menezes, de 25 anos, iniciar nas artes marciais.
 “Meu marido é faixa preta de jiu-jítsu, e eu pratiquei por mais de cinco anos também. Decidi agora treinar”, revelou.


Bruno Elander . 

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